Curiosidades da Congregação Cristã no Brasil
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Curiosidades da Congregação Cristã no Brasil
História da Bíblia
Saiba um pouco mais sobre a tradução da Biblia que utilizamos
JOÃO FERREIRA DE ALMEIDA
Entre a grande maioria dos evangélicos do Brasil, o nome João Ferreira
de Almeida está intimamente ligado às Escrituras Sagradas. Afinal, é
ele o tradutor (ainda que não o único) das duas versões da Bíblia mais
usadas e apreciadas pelos evangélicos brasileiros: a Edição Revista e
Corrigida e a Edição Revista e Atualizada, ambas distribuídas pela SBB.
Se sua obra é largamente conhecida, o mesmo não se pode dizer a seu
respeito. O que se sabe hoje da vida de Almeida está registrado na
Dedicatória de um de seus livros e nas atas dos presbitérios de Igrejas
Reformadas do Sudeste da Ásia, para as quais trabalhou como pastor,
missionário e tradutor, durante a segunda metade do século XVII.
Nascido na cidade de Torres de Tavares, em Portugal, Almeida morreu em
1693 - na Batávia - atual ilha de Java, Indonésia. Com apenas 16 anos,
João Ferreira de Almeida dá início à tarefa de tradução da Bíblia, a
qual se dedica até o final de sua vida.
princípios que regem a tradução de Almeida são os da equivalência
formal, que procura seguir a ordem das palavras que pertencem à mesma
categoria gramatical do original. A linguagem utilizada é clássica e
erudita. Em outras palavras, Almeida procurou reproduzir no texto
traduzido os aspectos formais do texto bíblico em suas línguas
originais (hebraico, aramaico e grego), tanto no que se refere ao
vocabulário quanto à estrutura e aos demais aspectos gramaticais.
DIFERENÇA ENTRE AS VERSÕES
a edição Revista e Corrigida quanto a Revista e Atualizada foram
constituídas a partir dos textos originais, traduzidos por João
Ferreira de Almeida no século XVII. As pequenas diferenças entre uma e
outra edição devem-se ao fato de os próprios originais em hebraico,
aramaico e grego trazerem algumas variantes e suportarem mais de uma
tradução correta para uma palavra ou versículo.
na essência as duas versões refletem o bom trabalho realizado por João
Ferreira de Almeida, o qual foi completamente fiel aos textos originais
das Escrituras Sagradas. Embora haja diferenças entre as duas versões,
as passagens centrais da fé cristã - que apresentam Jesus Cristo, nosso
Senhor e Salvador - são perfeitamente claras e concordantes em ambas.
RC foi trazida para o Brasil pela Sociedade Bíblica Britânica e
Estrangeira, em data anterior à fundação da SBB. Naquela época, a
tradução de Almeida foi entregue a uma comissão de tradutores
brasileiros, que foram incumbidos de tirar os lusitanismos do texto,
dando a ele uma feição mais brasileira. Publicada em 1898, recebeu o
nome de Revista e Corrigida.
princípios da equivalência formal, a RC é adotada por inúmeras
denominações evangélicas em países de língua portuguesa, especialmente
no Brasil e em Portugal. As diferenças desta edição para a Revista e
Atualizada se dão basicamente no que se refere aos manuscritos
originais disponíveis na época de Almeida. Descobertas arqueológicas e
estudos de teólogos e historiadores em torno das Escrituras Sagradas
tiveram grandes avanços desde o século XVIII até os dias de hoje. Tais
documentos não existiam à época de Almeida. Dessa forma, a RC é a
expressão dos textos originais com que Almeida trabalhou; não há nesta
versão indicações de textos sobre os quais os diversos manuscritos
bíblicos divergem.
diferenças entre a RC e a RA, ambas têm seu valor como traduções fiéis
da Palavra de Deus de acordo com os textos originais disponíveis na
época de sua elaboração. Porém, não há diferenças entre os próprios
manuscritos que deponham contra a mensagem central da Palavra de Deus.
em 1948, a SBB foi fundada, uma nova revisão de Almeida, independente
da Revista e Corrigida, foi encomendada a outra equipe de tradutores
brasileiros. O resultado desse novo trabalho, publicado em 1956, é o
que hoje conhecemos como a versão Revista e Atualizada.
Conservando
as características principais da tradução de equivalência formal de
Almeida, a RA é o resultado de mais de uma década de revisão e
atualização teológica e lingüística da RC. Igualmente fiel aos textos
originais, a linguagem da RA é viva, acessível, clara e nobre. Sua
revisão foi feita à luz dos manuscritos bíblicos melhor preservados.
1993, a RA passou por uma segunda revisão, afinando ainda mais o texto
bíblico aos textos originais em hebraico, aramaico e grego.
a tradução de Almeida, que resultou na versão Revista e Corrigida, com
os novos manuscritos encontrados, os editores da RA decidiram indicar
os textos em que um ou mais manuscritos não tinham consenso. Tais
textos foram colocados entre colchetes, como é o caso da mulher
adúltera, o qual permanece na Bíblia Sagrada por ser mencionado em
grande número de manuscritos antigos e também por não contradizer em
nada os demais ensinamentos das Escrituras Sagradas. É importante
frisar que os textos-chaves das Escrituras Sagradas, os que dizem a
respeito à salvação em Cristo Jesus, não apresentam qualquer tipo de
dúvida.
Fonte: Sociedade Biblica Brasileira
Postado em: 28/11/2009 | 16:23:47
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